Olho, Olho-me fixamente ao espelho Olho e comovo-me, comovo-me como a água corre quando o chão é inclinado. Olho e não me reconheço! Não fosse o chão tão inclinado, afogar-me-Ãa num poço de lágrimas infinitas... Intrigada, continuo simplesmente a olhar... Que sombra estranha aquela com que me deparo! E angustiada, tento reconheçer a figura que encaro. Mas certamente, já não sou quem eu era... Nada e tudo mudou! A não ser quem eu sou... Afinal, o espelho é um amigo silêncioso que nunca mente!
Autor da mensagem: Elisabete Dutra
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