Na primeira parte da nossa história Tudo foi uma doce simpatia O imprevisto nos aproximou você tão envolvente A amizade logo se fez presente Nos conquistou e juntou As nossas mãos.
A paixão navegou em nossos olhares A tua vaidade logo viu uma possibilidade De ofertar muitas flores, Compartilhar muitos jantares, Deitar e rolar num romance cor-de-rosa, Com muita reciprocidade.
Mas o tempo... Que é doutorado em tudo ...Passa tudo à limpo. É como se ele usasse um detector Para medir o grau do amor E analisar a sua durabilidade. Neste interim a realidade Vem a tona, a decepção beija a lona. Daà o desabafo, versão e aversão, A história que virou poesia, Agora é uma completa apatia. O amor ficou só nas palavras Daquelas perfumadas cartas Guardadas nas gavetas da renúncia.
O tempo passou Mas ainda me lembro Era mês de setembro Quando você chegou Na minha vida.
Meu coração estava partido Mas você fingiu que não notou Botou a mesa e me chamou de princesa Fez tudo muito lindo, mas estava mentindo Deixou a fome da paixão Temperar toda aquela atração E cozinhar no fogo do teu desejo Juntamente com as iguarias, Das tuas inúmeras fantasias E pensando apenas na tua vaidade Deglutiu tudo com enorme voracidade. Sem qualquer inibição Escolheu ficar à distância Foi embora sem explicação Deixou no seu lugar o silêncio E a solidão.
Com tanta ausência A saudades dilacerou sem compaixão A este triste coração... E aquela suposta amizade Adoeceu e morreu O vazio a devorou sem piedade Tudo acabou Não faz mal O tempo passou Mas não apagou As marcas deste amor animal...
Autor da mensagem: Francisca Lucas
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