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O pai criou asa
Voou fugiu de casa
A menina, a menina e Dora
A mãe se curva e chora
Ela rompe a prisão
A gaiola o alçapão
Dora não chora
Quer o pai feliz nos espaços
Para que torturá-lo com laços
A mãe se curva e chora
Dora não chora
A mãe de tristeza anoitece
A vida irreverente amanhece
E chega a hora de se conhecer
No batalho
No amor
No trabalho
Sem chorinho
Sem temor
Mãe acorda e hora
A mãe se curva e chora
Alguém bateu a porta
Vacilei e não quis abrir
Pensei que fosse a saudade
Que viesse me perseguir
Bateu de novo
Mas não insistiu
Desceu as escadas
E para sempre partiu
Partiu discando a porta
Essas palavras fatais
Eu sou a felicidade
E não voltarei jamais.
Autor da mensagem: Desconhecido
Contribuição: Denise Carreira
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