Papai, precisava de um carinho, que me olhasse com jeitinho dissese filho te amo. Papai lembro-me com exatidão e até doia meu coração quando dobrava o fiu, pisava em minha costas magrela e estorcava com força e vigor. Ah! Eu sentia tanta dor.
Papai, doia no meu coração, quando no bar do Alemão, gastava o dinheiro de comprar o pão. A tal da cachaça , roubou momentos de atenção, que fazia seu filhão, uma criança infeliz. Porque não sentou do meu lado e me explicou o que era erado, para eu não cair em tentação.
Papai, de bar em bar, era mais um copo de veneno e no doelo da vida o alcool acabou vencendo, porque bebado e amargurado se jogou na frente daquele carro, deixando um orgão no mundo. Papai, tinha que me explicar a essência de amar, para que eu neste mundo não viesse se machucar.
Palavras de um ex-alcoolatra que perdeu seu pai sem saber o que era o mundo e as pedras que iria de pisar, ainda bem que para mim brilhou um novo horizonte, mas pena que não foi assim com meu papai.
Autor da mensagem: Desconhecido
Contribuição: Denise Carreira
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