Essa forma de amor aparente Inconseqüente Que me remete a um gozo febril, Telhados em aços não comportam A dor amargurada, úmida e exposta de outrora E pelas entrelinhas Amores fardados Estipulados Sangue e avareza Em respingos por todos os corpos Luto, clemência; Glamour perdido Aquém de qualquer louvor Mágoa Nada Sementes inférteis Brotando solo adentro Palavras Clamores Num campo árido, rÃgido. Gritos Lágrimas Saem dos meus versos em linhas gordas ofensivas A impolidez em tudo Solidão Látex e tijolos Para nada Não-construtivo Não-frutÃfero Embrutecido,
Amor impalpável Um sorriso? Não. Deserto! Um sonho; Um laço não-carnal, Infernal! LÃnguas e vultos Suor e lâminas Murchos o corpo e a alma. A esperança persevera Mas o fim... Existe! A sorte ainda vibra Resiste em veias dementes. O ouro reluz menos que uma mente... Brilhante! E todos os brilhos do universo aspiram o diabólico. A salvação não é critério dos melhores É relativo, estar em dia ou não. E qualquer vinculo é errôneo até que Soem os primeiros cânticos celestes. Todo erro é saudável, enquanto iniciam-se suas primeiras proliferações. Inacabado por todo o sempre, Como alguns amores, Ora aparente e ora desfigurado, Às margens da inexistência.
Autor da mensagem: Ana Carolina Barbosa
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