Palavra curta e singela Ecoa num som tão sereno Simples porém tão bela Expressa no amor paterno
Você moreno faceiro De olhar negro penetrante Me lembra o olhar guerreiro Esse teu belo semblante
Quanta saudades me traz Aqueles tempos de infância Tempos que agora faz Só lembrar-te como herança
Você não foi só pai Foi amigo, irmão, meu herói Da minha mente não sai E nem o tempo destrói
Velho, meu velho camarada Das noites vividas com a mãe Tornadas em longa jornada Naquela época de inverno rude...
Lembro ainda pequena Quatro anos, bem garotinha Você se foi dessa vida terrena Eu fiquei sem te ver e sozinha...
Cresci, trabalhei, estudei... Tornei-me moça e muito faceira Mas, quantas e quantas noite chorei Sentindo a tua falta costumeira
Oh! pai meu papai querido Até hoje, agora mulher Quando sinto o meu ser ferido Te clamo embolada num canto, como um bichinho qualquer
Precisava tanto de você Como preciso agora Para não ficar a mercê Dos espinhos que na vida aflora
Minha alegria é saber Que tenho o seu amor, de onde você estiver Porque sei que o teu querer É para todas as horas, para o que der e vier
Para você a minha homenagem E o meu amor que é teu Você foi numa viagem E esse alguém aqui jamais te esqueceu...
Siga por teu caminho Que eu sei que é de muita luz Olhando por todos nós com carinho Iluminando o horizonte que nos conduz...!
Autor da mensagem: Regina Aparecida Magalhães
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