A alvorada chegou de mansinho, Em sonolĂŞncia bĂŞbada me encontrou ainda. AtravĂ©s das brumas de meus sonhos, Assisti, triste, tua partida. Caminhou de ereta forma, Nem um olhar para trás lançou, Deixou-me sem tino – completamente atordoada, Dentro de mim, saudades, já manifestou. Nem um toque – um retoque, Nem um aceno de despedida, Nem mesmo um beijo fragmentado – largado, Nem uma palavra – uma frase perdida. Procurei teus olhos por um segundo, Queria neles ler o sentimento – o coração. Procura vĂŁ a minha – nĂŁo me olhastes, Senti aĂ o amargor da solidĂŁo. Lentamente fostes desaparecendo – evaporando sim Tuas formas ficaram disformes – torcidas, Por mais que tua imagem procurasse – nada avistei, Somente cenas restaram em lágrimas sentidas. Cenas do amor de uma noite ou de outra vida, Desejo do profano – suor no corpo amado, Aportar por segundos no paraĂso, Rendendo-se a luxĂşria do pecado. Vou te esperar no nosso lugar – um pequeno canto Espalhar por lá flores – um lĂrico canto, Devolver as nossas almas que se afastaram, A volĂşpia da paixĂŁo – do viver o encanto!
Autor da mensagem: Maria Lucilia Cardoso
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