O que te fiz – qual crime cometi? Não te dei meu amor? – Te trai? Em algum beco escuro deixei-te? Ah, em que instante minha alma perdi? No instante que te fiz senhor de minha vida? Ou quando de mim mesma esqueci? Não – foi quando atinei com a dor que flagela. A dor que consome todos os sentidos, Que mata sem sangrar a ferida, Que apaga a felicidade dos sonhos vividos. Dor sedenta – bebe a água da indiferença, Dor que gradeia a ferros todos os ensejos Que se alimenta da mágoa - do desprezo, Que levam a morte os mais belos desejos. Dor que maltrata – ciumenta e egoÃsta, Dor que profana – que lágrimas faz derramar, Dor mesquinha – dor aguda Dor que sufoca fazendo o coração parar. Não pulsa mais – esquece o ritmo das batidas, Desgoverna-se – desespera Pela dor que domina seu Ãntimo, Seu sopro final espera!
Autor da mensagem: Maria Lucilia Cardoso
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