Nos caminhos desta estrada, Numa curva qualquer, Encontrei teus escuros olhos, Tateando na escuridão... tentando me ver! Quanto mais me aproximava, Maior a certeza de um destino marcado. Um rosto ainda desconexo, Somente um olhar em mim focado. Passos lentos me levavam, O chão me faltava... ah eu flutuava. Queria tocar aquele ser disforme, Tudo dentro do meu ser se agitava! Ouvia, mesmo ao longe, Suas súplicas de amor. Meu corpo febril e tremulo, Antecedia do seu: o calor! Num sopro do tempo, De ti me aproximei. Minha alma te reconheceu, Como um relâmpago cortando o infinito. Lagrimas rolaram por minha face, Regando o solo árido de minha saudades. Nos descaminhos dessa incerta vida, Encontrei enfim o ser que sempre amei! Destino? Fruta de minha louca imaginação? Somente momentos de uma transversal recordação? É como tentar achar para a criação do universo, Uma exata explicação! Nestes caminhos e descaminhos, Somente uma certeza advém: PartÃculas de paixão, Sempre se encontrarão!
Autor da mensagem: Maria Lucilia Cardoso
|