pára c´u isso! Faz isso cumigo, não... vai dar trauma neu... Eu fico oiando pro cê dum jeito assim meio estranho, pensando umas coisa e ocê me deixa inté meio tonto cum essa indiferença, que nem sei se foi o padre que falô procê fazer assim comigo.
Di quarqué manera, sô, gosto muito desse seu jeitinho tÃmido de trocar prosa, porque quando cê se arresorve a trocá prosa conta uns causo bão... Tem dó, vai deixa eu si aproximá pra móde perguntá seu nome. Cê é tão bonita que lembra aquele céu lá de Três Pontas.
Teu olhar é mais estrelado que aquelas noite de lá, dá pra ver o Cruzeiro do Sul e a Via Láctea inteira, e é por isso que às veiz eu sonho e acho que você é mesmo um anjinho, daqueles que vai chegá voando, me pegando as mãos de mansinho pra móde levá eu pro céu.
Ai, sô... Quando eu passo na carçada na outra banda da rua e ocê não óia preu, eu fico doido, sô! Aparece aquele baita nuvão na minha cabeça que parece que o mundo vai desabar bem em cima do pobrezinho do meu coração.
Óia preu, vai, Faz assim cumigo, não! Tem dó, vai...
Cê sabe moça que eu amo ocê e que esses seus zóinho parece mais duas jabuticaba bem madurinnn..
Deixa de oiá preu desse jeito meio sonso, eu preciso docê mais pertinho, mais aconchegada, pra podê dizê umas coisa bem engraçadinha nesses seus ouvidinho de veludo... tão maciozinho que até parece pelinho de oveia...
Mais, moça... cê ocê tá pensando que eu vô fica aqui aqui prantado esperando ocê se decidi, pode tê certeza que eu tô muito tranquilo...
Vô lá pro pesquero pegá uma traÃra pra fritá... verdura tem de monte, já que lá em casa sempre chove na minha horta...
Cê sabe que minero é discunfiado, mais é previdente. Sabe não, sô?
Autor da mensagem: Desconhecido
Contribuição: Denise Carreira
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