Voltar ao passado... revivêlo... e lembrar de momentos que passaram e nunca vão voltar é, muitas vezes, melancólico.
Mas, nem sempre é assim!
Alguns momentos difÃceis que, na hora, pareciam o fim do mundo foram ultrapassados por outros que vieram, alguns até melhores.
Essa viagem porque é uma viagem mostra que a vida é mesmo imprevisÃvel e que tudo pode acontecer a qualquer instante, desde que a gente esteja aberto e receptivo.
A você, que vai fazer seu balanço, eu daria uma sugestão: mesmo que não costume escrever, compre um caderno e toda noite, antes de dormir , faça um pequeno resumo do seu dia.
Escreva coisas mais banais, conte que tomou ônibus, quanto pagou pela passagem, que comprou um sapato, descreva a cor e o modelo, que pensou em ir ver um determinado filme, que brigou com o namorado; conte seu dia enfim, e faça disso um hábito.
Todas nós temos curiosidade de saber como foi a vida de nossas avós. Se elas tivessem feito isso, que riqueza seria ler esses pequenos relatos do cotidiano, saber como era a vida quando elas eram jovens, o que queriam, com o que sonhavam.
Sabemos muito pouco sobre as pessoas mais próximas de nós e, se você seguir essa sugestão, um dia seus netos e bisnetos vão encontrar esses cadernos, que serão para eles um verdadeiro tesouro.
Como eu gostaria de saber como era a vida de minha avó, isso me ajudaria a compreender melhor por que sou o que sou.
É sempre hora para começar, e não existe dia melhor para isso do que o 1º de janeiro.
No fim do ano, você vai ler o que escreveu e ver que se aborreceu com coisas bobas, que teve alegrias das quais tinha esquecido, que amores que pareciam eternos não foram tão eternos assim, que as coisas passam, que é fundamental ter esperança e que a vida vale a pena, sempre!
Escreva, sim; será uma conversa sincera com você mesma, e quando, no final de 2006, ler o que escreveu, vai levar alguns sustos, mas faz parte.
Preparese também para se emocionar e saiba: qualquer vida, mesmo aparentemente mais banal, dá um romance.
Autoria de Danuza Leão
Autor da mensagem: Desconhecido
Contribuição: Denise Carreira
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